From Comment section in https://www.moonofalabama.org/2024/03/deterrence-by-savagery.html#more

The savagery is a losing card. By playing it the US and the West are undercutting every ideological, normative and institutional modality of legitimacy and influence. It is a sign that they couldn't even win militarily, as Hamas, Ansarallah and Hezbollah have won by surviving and waging strategies of denial and guerilla warfare. Israeli objectives have not been realized, and the US looks more isolated and extreme than ever. It won't be forgotten and there are now alternatives.

domingo, 8 de maio de 2016

O FLUIR DA MENTE

                                                  
                                                                                    

Quando tudo já passou, quando já não se está perante o autor em carne e osso, como se pode apreciar o seu íntimo pensamento, o seu «bafo», a sua palpitação? É apenas um eco, eco esse que ressoa no teu/meu coração e mente, como sempre ressoam as coisas profundamente humanas. 
A poesia é música, a boa literatura em geral, também o é: mas, em vez de apenas se contemplar a nossa imagem ao espelho - a nossa produção - tenhamos o bom-senso e coragem de a expor ao critério de pessoas anónimas; dar uma obra a público não é vaidade. Vaidade é a incapacidade de aceitarmos as críticas e as reações - positivas ou negativas - aos nossos escritos. 


A maturidade mede-se mais pelo nosso sentir do mundo,  do que aquilo que escrevemos ou deixamos de escrever. A reação de alguém imaturo traduz-se, em geral, por uma falta de abertura e de humildade verdadeira. 
A maturidade, por contraste, permite-nos ter consciência perfeita do quão longe do ideal está a nossa produção. 
O artista maduro apenas vê, em qualquer obra - de sua própria autoria ou de outrem -  um pálido reflexo da Divindade Cósmica: Como que um frémito de onda à superfície do pântano, um reflexo de luz estelar num espelho de água. Nosso Eu consciente é apenas o pouco que nos é dado ver. Então, dentro do oceano do nosso ser encontra-se todo o «ecossistema» que permite que aqui e acolá floresça algo.


O oceano é minha inspiração primeira e o meu refúgio. Estas ondas que eu deixo me invadam os olhos do espírito, estão para mim, realmente, tal como o vento está para o pinheiro. Para onde leva o vento as flores do pinho? Quem sabe, mas que importa, afinal? Estarão os ventos oceânicos apostados em fazer naufragar o barquito, que se deixou envolver na borrasca? Quem sabe? Assim como o mar, também o vento, seu aliado de sempre, joga com os outros elementos: Faz acontecer todas as transformações que se possa imaginar.


Basta olhar o céu, teremos o perfeito modelo da alma. A sua mutável aparência não impressiona pouco. Mas se observamos atentamente aquilo que está a acontecer, ficaremos menos impressionados? Não o creio! Vede o Sol, com os seus raios mais ou menos oblíquos, as nuvens, resultado duma acumulação de vapor de água, um ar mais puro ou então carregado de fumos ou de cheiros. O cheiro da terra, que se afirma tão forte em certos sítios, é a interação do solo e das plantas com a atmosfera...O que sinto quando fecho os olhos e respiro este ar?

Uma experiência semelhante do leitor permite-lhe apreender o sentido do que estou escrevendo; não obstante, essa experiência é pessoal e intransmissível!



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