From Comment section in https://www.moonofalabama.org/2024/03/deterrence-by-savagery.html#more

The savagery is a losing card. By playing it the US and the West are undercutting every ideological, normative and institutional modality of legitimacy and influence. It is a sign that they couldn't even win militarily, as Hamas, Ansarallah and Hezbollah have won by surviving and waging strategies of denial and guerilla warfare. Israeli objectives have not been realized, and the US looks more isolated and extreme than ever. It won't be forgotten and there are now alternatives.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

As Razões do Coração

De vez em quando, apetece-me regressar ao meu tempo de juventude. Estes foram alguns, dois entre muitos, dos trechos que moldaram o meu imaginário.

Pertenço à geração que participou na revolução do 25 de Abril, cheia de ilusões, entusiasta, por vezes incoerente, mas que acabou por transformar a realidade! 

Após tantas décadas, estas peças, musicalmente e poeticamente não envelheceram, mantêem a sua frescura. Porém, para apreciar plenamente estas canções, deve-se ter em conta o contexto da época (anos 1970) e as escolhas estéticas de um determinado número de criadores. 

Os cantores-autores desta geração foram beber ao folclore por um lado e à poesia contemporânea por outro, para afirmar a sua dissidência em relação ao regime caduco, que morreu às mãos dos militares do MFA.

Nós achávamos, por volta de 1970, que as formas «alienadas» que dominavam as rádios, televisão e espectáculos, deviam ser contrapostas por uma arte comprometida na transformação revolucionária.

Sem utopias, sem ilusões, não há  verdadeira transformação social. Isto é sempre válido, pois as pessoas precisam de mais do que meras razões «racionais» para se comprometerem numa militância, num ativismo.  São as razões do coração, as que verdadeiramente comandam o desejo e a vontade.


Zeca Afonso (Cantigas do Maio); Manuel Freire (Pedra Filosofal)






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