Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.

quarta-feira, 22 de março de 2017

CERTIDÃO DE ÓBITO DA «UNIÃO» EUROPEIA

Tanta indignação na Internet sobre as declarações do presidente do eurogrupo! 

Eu penso que há males que vêm por bem, pois ele apenas vozeou aquilo que muitas pessoas pensam, na Holanda e noutros países do Norte europeu. 

A boa consciência dos que usufruem de bem-estar material, aliada à completa ausência de moral, ou até de uma lembrança disso, faz um certo número de pessoas pensar que os do Sul, se estão mal, é porque foram «preguiçosos», «irresponsáveis», etc. 
O atraso mental que revela esta falta de inteligência e de humanismo, este simplismo racista e xenófobo, contradiz a própria tradição cultural dos seus países, em larga medida. 
Os demagogos políticos precisam de se mostrar próximos do «sentir popular», mesmo quando isso (ou sobretudo isso ...) implica uma justificação das teses da extrema-direita.

Nada resta da «União» Europeia: Djisselbloem passou portanto (inadvertidamente) a certidão de óbito dessa fantasia neo-liberal, que já custou demasiado aos povos do Sul e que, na verdade, não favoreceu a população trabalhadora do Norte, mas apenas e somente as classes privilegiadas.

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