Mostrar mensagens com a etiqueta Música Indiana. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Música Indiana. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

ANOUSHKA SHANKAR - «ANCIENT LOVE», do álbum RISE


 A faixa - Ancient Love - é a última do álbum «Rise» de Anoushka Shankar, de 2005.

Este álbum RISE é ocasião para uma descoberta de sons subtis, dinâmicos e surpreendentes. 

Espero que fiques seduzido/a por ele, tal como eu fiquei! 

domingo, 1 de janeiro de 2017

SHANTI MANTRA por RAVI SHANKAR & GEORGE HARRISON



Om, May we all be protected May we all be nourished May we work together with great energy May our intellect be sharpened (may our study be effective) Let there be no Animosity amongst us Om, let there be peace (in me), let there be peace (in nature), let there be peace (in divine forces).

segunda-feira, 4 de julho de 2016

ANOUSHKA SHANKAR - AUDITÓRIO GULBENKIAN 03-07-2016





Um concerto memorável, baseado no seu mais recente álbum, «Land of Gold». 

A qualidade da performance deixou-me completamente extasiado.





sábado, 2 de julho de 2016

[NO PAÍS DOS SONHOS] SOBRE DIÁLOGO MUSICAL ÍNDIA - IBÉRIA

(ANOUSHKA SHANKAR E JAVIER LIMÓN NO FESTIVAL DE GIRONA) 

Antes, chamava-se alma, espírito, paixões, coração... hoje gostamos de usar termos científicos: neurónios, córtex, pulsão...

Mas eu prefiro a doce, sábia sabedoria das avós...
às desenfreadas volúveis volúpias intelectuais, tão sós.

Queremos ser engenheiros dos nossos sonhos, então... sejamos até ao fim, vivendo o sonho sem pecado, nem perdão;

Pois viver é sofrer, mas sem sofrer, amar não podes ... e sem amar, não vale a pena viver, como tu muito bem sabes.




Lisboa, Jardim Gulbenkian, 2016, 3 de Julho




domingo, 8 de maio de 2016

[NO PAÍS DOS SONHOS] RAGAS INDIANAS PARA FLAUTA





Fecha os olhos e deixa-te ir.

Assim que estiveres a vogar no oceano dos sons, verás as paisagens interiores. As tuas visões são intransmissíveis, mas o som que emana desta flauta é profundamente inspirador. As defesas do Eu consciente são abaixadas, suavemente, não violentamente, com pleno consentimento e adesão do nosso espírito.

Estamos em cima do dorso de um elefante, que se desloca num pantanal, com aquele passo paciente, tão embalador.

O pantanal é em si mesmo um lugar mágico; as estruturas sólidas dissolvem-se, como um amplo palácio que se dissolve no nevoeiro. As estruturas sólidas desaparecem e dão lugar a fluidos mais ou menos viscosos, escoando, lentos pelos interstícios da nossa memória.

Os sons, líquidos, esgueiram-se e jogam com os nossos sentidos; porém, estão sendo produzidos numa redoma de realidade superior. Os avatares de toda a minha orquestra interior estão atentos a cada pulsação, a cada movimento, a cada intenção de gesto. Estão em sintonia com a paisagem sempre em mutação do pantanal, visto do dorso de um paciente elefante.

O leopardo está atento, à escuta entre os troncos de mangais. Os leopardos estão no seu território. Eu é que sou o invasor. Mas eles também sabem que não têm nada a temer, porque o invasor está bem visível, não se esconde, não é outro predador que procura, numa emboscada, caçar  a presa.

Algumas aves pernilongas, com bico recurvo, estão nas margens, dançando uma estranha ronda. Suas asas batem na superfície aquática e espalham colares  de pingos cristais em torno. Creio que estão fazendo uma dança nupcial. Ou um ritual antigo da água. Estão a celebrar o deus das aves: afirmam seu território, sua geração, sua divindade. 

Tenho em frente de meus olhos um poente, que nunca mais se transforma em noite. As muitas cores estão cambiando as nuvens e as superfícies de água numa sinfonia. Imagino-me dentro duma concha, contemplando o nacre, as paredes da concha, o irisado, as flutuações de cores e as cintilações, que brincam nos nossos olhos.