O Irão agiu com medida e prudência para não desencadear o alastramento da guerra no Médio-Oriente, na sua retaliação, face ao crime de guerra israelita de bombardear instalações consulares iranianas em Damasco. Mas, ao mesmo tempo, deixou uma mensagem muito clara aos sionistas e a todos os inimigos que se atrevam a agredi-lo: - O Irão tem meios para causar muito mais danos do que causou agora. Somente danificou pistas de duas bases militares aéreas israelitas, mas tem capacidade técnica para atingir outros alvos, muito mais importantes, em Israel. Não foi uma vingança, efetuarem este ataque de aviso; os iranianos colocam-se num plano de superioridade militar e moral, face aos israelitas. https://www.moonofalabama.org/2024/04/iranian-missiles-hit-israel.html#more
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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Ben Norton: RAZÃO PORQUE OS EUA DEITARAM BOMBAS NUCLEARES SOBRE O JAPÃO

O bombardeamento nuclear do Japão, no final da IIª Guerra Mundial, não foi uma necessidade para acabar com a guerra. Esta mentira tem sido propalada durante todo este tempo.
No entanto, documentos do próprio governo dos EUA provam aquela afirmação.

                                         https://www.youtube.com/watch?v=5vMEgneKF10

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

PAPA FRANCISCO, «A BOMBA ATÓMICA É IMORAL E CRIMINOSA»



 As palavras embaraçosas do Papa Francisco, a partir de Hiroshima: «A bomba atómica é imoral e criminosa». 
Silêncio bipartidário sobre o Papa

Manlio Dinucci


Il papa in Giappone


Silêncio de tumba no arco institucional italiano, sempre loquaz sobre o Papa, sobre as palavras proferidas por Francisco, em 24 de Novembro, em Hiroshima e Nagasaki: “O uso da energia atómica para fins de guerra é hoje, mais do que nunca, um crime. É imoral a posse de armas atómicas ”.
Palavras embaraçosas para os nossos expoentes máximos institucionais que, como os anteriores, são responsáveis pelo facto de que a Itália, um país não nuclear, hospede e esteja preparada para usar armas nucleares americanas, violando o Tratado de Não Proliferação ao qual aderiu, que proíbe aos Estados militarmente não nucleares, receber armas nucleares e controlá-las directa ou indirectamente. Responsabilidade ainda mais grave porque a Itália, como membro da NATO, recusou-se a aderir ao Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, votado pela grande maioria da Assembleia Geral da ONU: que obriga os Estados signatários a não produzir nem possuir armas nucleares, não usá-las ou ameaçar usá-las, não transferi-las ou recebê-las directa ou indirectamente, com o objectivo da sua eliminação total.
EMBARAÇOSA para os governantes, a pergunta que o Papa Francisco faz, de Hiroshima: “Como podemos falar sobre paz enquanto construímos novas e formidáveis armas de guerra?” Em Itália, as bombas nucleares actualmente estimadas, são cerca de 70, todas do modelo B61, mas estão para ser instaladas no território italiano, as novas e mais mortíferas bombas nucleares USA B61-12 (número ainda desconhecido) no lugar das actuais B-61. A B61-12 possui uma ogiva nuclear com quatro opções de potência seleccionável: no momento do lançamento, é escolhida a potência de explosão, dependendo do alvo a atingir. Ao contrário da B61, lançada na vertical sobre o alvo, a B61-12 é lançada a distância e guiada por um sistema de satélite. Tem, também, a capacidade de penetrar no subsolo, mesmo através de betão armado, explodindo em profundidade para destruir os bunkers dos centros de comando e estruturas subterrâneas, de modo a “decapitar” o país inimigo, num ‘first strike’ nuclear.
IGUALMENTE EMBARAÇOSA é a outra pergunta do Papa: “Como podemos propor a paz se usamos continuamente a intimidação bélica nuclear como recurso legítimo para a resolução dos conflitos?” A Itália, como membro da NATO, apoiou a decisão de Trump de cancelar o Tratado INF que, assinado em 1987 pelos Presidentes Gorbachev e Reagan, tinha permitido a eliminação de todos os mísseis nucleares de alcance intermédio com base no solo, distribuidos na Europa, incluindo aqueles instalados em Comiso. Os USA estão a desenvolver novos mísseis nucleares de alcance intermédio, tanto de cruzeiro como balísticos (estes capazes de atingir alvos poucos minutos após o lançamento), a serem distribuídos na Europa, certamente também em Itália, contra a Rússia e na Ásia, contra a China. A Rússia advertiu que, se forem disseminados na Europa, apontará os seus mísseis nucleares para os territórios nos quais serão instaladas.
AS POTÊNCIAS NUCLEARES possuem um total de cerca de 15.000 ogivas nucleares. Mais de 90% pertencem aos Estados Unidos e à Rússia: cada um dos dois países possui cerca de 7 mil. Os outros países que possuem ogivas nucleares são: França (300), China (270), Grã-Bretanha (215), Paquistão (120-130), Índia (110-120), Israel (80), Coreia do Norte (10- 20). Cinco outros países - Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda e Turquia - têm em conjunto, cerca de 150 ogivas nucleares americanas instaladas nos seus territórios. A corrida armamentista está a ocorrer agora, não em quantidade, mas em qualidade: ou seja, no tipo de plataformas de lançamento e nas capacidades ofensivas das ogivas nucleares.
E QUANDO o Papa Francisco afirma que o uso da energia nuclear para fins de guerra é “um crime não apenas contra o Homem e sua dignidade, mas contra qualquer possibilidade de futuro na nossa casa comum”, que põe em perigo o futuro da Terra, aqui não devem calar-se os que estão empenhados na defesa do meio ambiente: porque a ameaça mais grave para o ambiente da vida no planeta é a guerra nuclear e é prioritário, o objectivo da eliminação completa das armas atómicas.
Será agora recebida a advertência do Papa Francisco, na Igreja e entre os católicos – que, no Japão, estão na primeira fila contra qualquer rearmamento e reforma da Constituição da Paz?

Falta ver até que ponto o aviso lançado pelo Papa Francisco, a partir de Hiroshima, é recebido na própria Igreja e em geral entre os católicos. Não é a primeira vez que ele lança esse alerta, mas sua voz, para usar uma frase do Evangelho, assemelha-se à de “alguém que grita no deserto”. Neste ponto, surge espontaneamente uma proposta laica: Se falta a consciência, que se revele, ao menos, o instinto de sobrevivência.

il manifesto, 26 de Novembro de 2019

Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

UM CRIME CONTRA A HUMANIDADE, HÁ SETENTA DOIS ANOS ATRÁS

Leiam «72nd Anniversary of Hiroshima...» aqui.


                          Sou incondicionalmente pela paz e não sou daqueles que se regozija por ver os «fantasmas» de guerras passadas serem agitados para uso e benefício dos que agora pretendem suscitar ódio e adesão a políticas nacionalistas ou imperialistas.
Porém o 72º aniversário deste horrendo crime contra a humanidade que foram os bombardeamentos nucleares de Hiroshima e Nagasaki ocorre num contexto mundial de perigo acrescido para a paz e a segurança dos povos. Todos os observadores estão de acordo que esta «guerra fria 2.0», além de ser carente de qualquer significado e justificação aceitáveis colocam o Globo terrestre inteiro numa situação de perigo idêntica ou superior à «Crise dos Mísseis de  Cuba» que colocou as duas super-potências de então à beira do confronto nuclear.
Acho importante rever e divulgar as circunstâncias históricas que rodearam o lançamento de bombas nucleares deliberadamente sobre populações inteiramente indefesas, num país absolutamente derrotado e cujo governo implorava pela abertura de negociações com vista à rendição. 
Muito mais do que um ato bárbaro de vingança por parte dos vencedores, foi um ato bárbaro de afirmação de poderio da superpotência triunfante e de aviso e ameaça muito direta aos aliados da véspera (a União Soviética). 
Assim, este crime contra a humanidade está inteiramente por julgar, por avaliar seriamente, por historiadores e pelos cidadãos, pelos professores e pelos autores de manuais escolares. Enquanto tal assim for, será mais difícil para muitas pessoas compreenderem porque razão a luta pela paz, pelo desarmamento geral, pela interdição das armas nucleares, é uma luta absolutamente prioritária. Será mais difícil, porque as pessoas comuns não imaginam que dirigentes e governos supostamente «democráticos» e lutando contra o fascismo, como foi o caso de Truman (e de Roosevelt), possam dar ordens criminosas, não por engano, mas com pleno conhecimento das consequências, para jogarem no tabuleiro do «jogo de xadrez das superpotências».

Quem pensa que eu estou interessado em levantar esta questão por «anti-americanismo», está completamente equivocado, pois eu amo o povo americano assim como todos os outros povos da terra. Não deixo de ver, justamente por isso mesmo, a necessidade de nos educarmos em relação aos poderes estatais que se autorizam (a si próprios!) a usar todas as armas proibidas e que as proíbem aos outros (menos fortes), sem a mínima preocupação humanitária, usando cinicamente os discursos do medo e do engano permanente para manterem adormecidas as consciências dos seus cidadãos.