From Comment section in https://www.moonofalabama.org/2024/03/deterrence-by-savagery.html#more

The savagery is a losing card. By playing it the US and the West are undercutting every ideological, normative and institutional modality of legitimacy and influence. It is a sign that they couldn't even win militarily, as Hamas, Ansarallah and Hezbollah have won by surviving and waging strategies of denial and guerilla warfare. Israeli objectives have not been realized, and the US looks more isolated and extreme than ever. It won't be forgotten and there are now alternatives.
Mostrar mensagens com a etiqueta Nice. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Nice. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 15 de julho de 2016

DEPOIS DE NICE...



A reação ao horrendo atentado de Nice vai desenhar um novo mapa da Europa.

Há alguns dias atrás, li algumas análises e informações que me deixaram perplexo. Diziam essas fontes, algumas delas provenientes de hierarquias de serviços secretos de França e da Alemanha, que a população dos países europeus estava a chegar ao limite, devido aos vários incidentes que envolviam muçulmanos, comunidades de diversos países estavam à beira de uma onda de violência reativa. Pois bem; diziam também que faltava apenas uma faísca para fazer explodir essas massas descontentes. Mas não se tratava de insurreições contra os poderes manipuladores e opressores de que essas fontes falavam. Mas antes uma radicalização no sentido da extrema-direita, da xenofobia sem disfarce e violenta.

Os que se sentem ameaçados na sua identidade reagem com extrema violência a aspetos, mesmo meramente simbólicos, que venham suposta ou realmente pôr em causa o seu «way of life». O medo tem sido a constante mais forte, a que movimenta as massas, as induz a fazer isto ou aquilo.
O «Brexit» foi essencialmente uma resposta do medo face a uma suposta invasão de estrangeiros.
As massas aterrorizadas farão qualquer coisa, entregarão todo o poder, renunciarão alegremente às liberdades mais fundamentais, entregarão o seu destino a qualquer demagogo que lhes prometa «segurança» e «firmeza contra o inimigo» de forma suficientemente convincente para suscitar a sua adesão.

As massas são crédulas e gostam de «acreditar». Estamos, por isso, perante um momento muito difícil na Europa pois, por um lado temos uma massa desinformada, por outro temos os poderes a aproveitarem-se (ou suscitarem) de ataques terroristas, que (quase) ninguém compreende.
Se nós interrogarmos a realidade como ela deve ser interrogada, fazendo a pergunta chave «a quem aproveita o crime?», vamos inevitavelmente virar o olhar para a superpotência dos EUA, cujo império está em declínio, ameaçado de desagregação, que sabe apenas poder manter os seus vassalos da NATO debaixo de tutela, infundindo-lhes medo, persuadindo-os que não poderão lidar com o problema sozinhos. Tentaram isso com a crise ucraniana e demonização da Rússia; tentaram isso também com o islamismo radical... Ambos os cenários são «operações em curso».
Os eurocratas, a «nata» dos dirigentes europeus são vassalos abjetos do «Império» ou seja, dos verdadeiros poderes, da grande finança, das grandes multinacionais...

É patético que o público se vire para esses com esperança de que eles irão aliviar os europeus de seus medos (ancestrais e recentes). É como esperar que a alcateia de lobos cuide e proteja  o rebanho de cordeiros.