From Comment section in https://www.moonofalabama.org/2024/03/deterrence-by-savagery.html#more

The savagery is a losing card. By playing it the US and the West are undercutting every ideological, normative and institutional modality of legitimacy and influence. It is a sign that they couldn't even win militarily, as Hamas, Ansarallah and Hezbollah have won by surviving and waging strategies of denial and guerilla warfare. Israeli objectives have not been realized, and the US looks more isolated and extreme than ever. It won't be forgotten and there are now alternatives.
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terça-feira, 14 de março de 2017

SESSÃO DE MOVIMENTO SOLUÇÕES PARA A PAZ (11-03-2017)

A sessão, organizada pelos activistas do Movimento «Soluções para a Paz» nas instalações da «Fábrica de Alternativas» de Algés, no Sábado 11 de Março, contou com a presença de um público pouco numeroso, mas interessado.

Os dados coligidos pelo nosso companheiro João Pestana, que apresentou os temas para discussão, mostram como as guerras têm sido uma constante, em vários pontos do globo, desde o fim da II Guerra Mundial, até hoje. O número de mortes, feridos e deslocados é difícil de avaliar, pois as estatísticas oficiais ou não existem ou ocultam essa realidade. Depois, passou em revista alguns dados sobre o comércio de armamento, ao nível mundial, utilizando dados do SPIRI, que indicam os maiores vendedores e compradores.

Abordou-se em seguida o papel da NATO e a carga que representa no orçamento de cada país, mesmo em tempo de «paz». Referiu-se a exigência de aumentar as despesas militares em todos os países desta aliança militar, para que cada um tenha nível de despesa igual ou superior a 2% do seu PIB.

Um documento do Estado-Maior das Forças Armadas portuguesas, mostra as missões que estas cumpriram no ano passado. Além de missões de utilidade pública, como seja transporte de feridos e vigilância das praias, o grosso das missões foi em diversos teatros de guerra, sob bandeira da NATO, na maioria dos casos, desempenhando um papel subordinado, pois os contingentes portugueses são em geral da ordem das dezenas ou menos, portanto subordinados a comandos de outras nacionalidades, dentro da estrutura dessas missões.

Comparando os dados relativos a 2015 e 2016 para o orçamento da Defesa em Portugal, chegou-se à conclusão que ele se manteve aproximadamente constante (1,2 – 1,3 % do PIB), embora haja discrepâncias de cerca de 300 milhões de euros entre o que foi gasto e o orçamentado, não se sabendo como foi preenchido o «buraco».
Parecendo pouco, menos dos 2% reclamados pelo secretário-geral da NATO, no entanto, é 5 vezes o montante para a cultura. Também é superior ao atribuído à investigação, ao ensino superior, etc.

Falou-se do «Dia de Defesa Nacional» e das penas extraordinariamente duras para quem falte sem justificação a essas encenações de propaganda das FAs, da guerra e de lavagem da imagem da NATO junto da juventude. Foi ainda referido que não existe nenhuma informação  realmente acessível aos jovens sobre a existência do estatuto de «objector de consciência».

Relativamente ainda à objeção de consciência, reconheceu-se uma generalizada confusão entre a prestação de serviço militar obrigatório e não obrigatório, mas havendo sempre a possibilidade do governo decidir reinstalar o serviço militar obrigatório. Outra ambiguidade é a de prestação «com armas», «sem tocar em armas» e «civil». Hoje em dia, muitos servem na estrutura militar, sem armamento pessoal, mas contribuem com sua prestação para a máquina de guerra.

Durante a discussão, falou-se muito do papel da NATO em manter certos regimes, falsamente instalada nesses países a pretexto de «terrorismo». 

Falou-se do caso do Afeganistão, entre outros, onde tem estado presente um pequeno contingente das forças portuguesas.

No Afeganistão, a cultura de papoila para ópio, principal negócio dos senhores da guerra, tinha sido quase extinta no regime dos Taliban. Quando a «coligação internacional» invadiu o Afeganistão no Outono de 2011, trouxe os senhores da guerra, que reinstauraram o cultivo da papoila. Hoje, 80% da heroína vendida nas ruas do mundo inteiro é proveniente do Afeganistão; era rara a heroína dessa proveniência, nos anos imediatamente anteriores à invasão do Afeganistão pela NATO e associados.
Segundo vários autores, o negócio de tráfico de ópio é controlado pela CIA, que pode livremente distribuir grandes quantidades a partir de bases militares da NATO, na Turquia, na Alemanha e no Kosovo. O dinheiro que obtém vai servir para operações «negras» ou ocultas, aquelas que oficialmente «não existem» e portanto não suscetíveis de inquirição ou controlo pelo Congresso dos EUA.

Pediu-se uma maior participação no nosso Movimento, sabendo que o grau de ausência de informação - sobretudo da juventude - torna a tarefa dos militaristas mais fácil, conjugada com muita desinformação por parte da media corporativa.

O discurso do poder é invariavelmente  de que a  presença de tropas portuguesas tem uma justificação «humanitária», ou de que os nossos soldados estão em tal ou tal país a «combater o terrorismo» (Afeganistão, Mali, República Centro Africana, etc…). Estas afirmações - repetidas vezes sem conta e nunca contestadas ou sequer problematizadas - criam um falso consenso (falso, porque baseado na ignorância) na cidadania.

Consideramos necessário e possível criar-se um observatório sobre o papel das forças armadas portuguesas em Portugal e no mundo, como forma de documentar, de debater e estudar as questões de estratégia, não de um ponto de vista meramente militar, mas também de cidadania.




quinta-feira, 16 de junho de 2016

A NATO INICIOU O CERCO À RÚSSIA*


COMO É QUE A NATO/OTAN se transformou num FACTOR DE DESESTABILIZAÇÃO DE AMEAÇA GLOBAL PARA A PAZ? GERALMENTE FALANDO, OS HIERARCAS DA NATO
 SEGUEM A LÓGICA DE «SE QUERES A PAZ, PREPARA A GUERRA»

Porém

 A GUERRA TORNA-SE MUITO MAIS PROVÁVEL, SENÃO MESMO INEVITÁVEL, SE A PREPARAS. ISTO JÁ TINHA SIDO COMPREENDIDO POR REAGAN E GORBATCHOV E POR MUITOS OUTROS DIRIGENTES MUNDIAIS. 

O imperialismo arrasta um continente inteiro na senda da desestabilização. Temos de ter sistemas de alerta, de desativação das «bombas-relógio» que, propositadamente ou não, andam a semear…
O documento abaixo* pode ajudar as pessoas genuinamente interessadas em compreender o mundo geopolítico de hoje.


É um ponto de vista apenas, eu sei, mas tem a qualidade de fornecer o quadro geral que permite compreender os grandes desafios, que ajuda a compreender como é que os poderes se posicionam neste perigoso jogo de xadrez, do poder, da guerra e da paz, do domínio mundial dos recursos e pelo controlo dos mercados.