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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

GREUZE: RETRATO DE JOVEM MULHER E OUTRAS OBRAS

The Athenaeum - The Polish Girl (Jean-Baptiste Greuze - )
https://www.pinterest.pt/pin/490188740674825501/
retrato de jovem mulher polaca

Encontrei numa coletânea on line este magnífico retrato de uma jovem polaca, por Jean-Baptiste Greuze  [1725 – 1805], cuja vida e obra mereciam ser melhor divulgadas. 

Além de ter retratado célebres personagens, como Mozart em criança, Benjamin Franklin e Napoleão Bonaparte, ele é o mais conhecido cultor de pintura de cunho moralista, que tinha como objectivo a elevação do senso moral, o aperfeiçoamento dos que contemplavam tais pinturas, sendo estas de cenas colhidas no quotidiano, nos meios de camponeses ou de pequenos artesãos. 
Tais escolhas, claramente influenciadas pela escola holandesa, foram incentivadas e objecto de preferência estético-ideológica do enciclopedista Denis Diderot.

                      
                                                         quadro moralizante (os ovos partidos)

Para Diderot, as telas de Greuze eram o modelo a seguir na arte, pois inspiravam o bem através do belo... Penso que esta parte da obra, justamente, envelheceu bastante, embora ela seja interessante para se compreender o «espírito da época». 

Pessoalmente, maravilha-me a qualidade de muitos dos seus retratos. O retrato de jovem polaca, da qual não se sabe sequer o nome, tem uma beleza intemporal pela expressão do rosto e do olhar, não somente pelas feições [ver imagem a encimar este artigo]. 

Greuze, como artista, tinha de ganhar o sustento a retratar aristocratas ou alta burguesia. 

                                       Greuze, Jean-Baptiste: Marquis de Saint Paul. 1765.
                                           O jovem marquês de Saint-Paul

Estas encomendas parecem-me menos cheias de vida, que os estudos com vista aos tais quadros moralizantes, ou os retratos de pessoas amigas

Image result for Jean-Baptiste GreuzeHead of a Young Woman  Jean Baptiste Greuze                                                    
 estudo de camponesa                                                                retrato de Sohie Arnould                                               

Não sou crítico de arte, mas parece-me que Greuze desempenha o papel de elo importante na escola realista francesa ... 
Ele liga o retratista Quentin de La Tour (1704 – 1788) a Camille Corot (1796 -1875), o qual, embora conhecido como paisagista, também produziu excelentes retratos


sábado, 3 de fevereiro de 2018

ALICE JORGE: UMA MULHER OLHANDO A MULHER



«A mulher que nos mostrava as mulheres, desvendando o seu mais simples e sofrido quotidiano ou, depois, o seu corpo na naturalidade de uma nudez sem artifícios e embelezamentos, a professora que experimenta o risco de riscar, o borrão ou o acaso, para além da figuração, numa aula prática de proveito e exemplo, a pintora de retratos nos limites da singeleza e da ingenuidade, a paisagista da indistinção, a experimentadora de signos gráficos fortemente comunicativos, a ilustradora que cede aos poderes da imaginação»




                                                   UMA MULHER OLHA OUTRA MULHER 
















  • 1960 – Pintura e gravura. Cooperativa Gravura, Lisboa.

    • 1963 – Pintura. Galeria do Diário de Notícias, Lisboa.
    • 1968 – Gravura. Cooperativa Gravura, Lisboa.
    • 1971 – Gravura, desenho, pintura. Galeria S. Francisco, Lisboa.
    • 1972 – Pintura. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
    • 1977 – Pintura e aguarela. Junta de Turismo da Costa do Sol.
    • 1978 – Pintura e desenho. SNBA, Lisboa.
    • 1980 – Pintura e aguarela. Galeria Tempo, Lisboa.
    • 1980 – Pintura e aguarela. Galeria Alvarez , Porto.
    • 1982 – Pintura, aguarela e desenho. Galeria Ana Isabel, Lisboa.
    • 1985 – Pintura. Galeria do Diário de Notícias, Lisboa.
    • 1986 – Aguarela e desenho. Galeria Bertrand, Lisboa e Porto.
    • 1991 – Pintura e aguarela. Galeria Teatro Romano, Lisboa.
    • 1991 – Pintura e aguarela. Casa-Museu Romântico, Porto.
    • 1992 – Obra gravada. Bienal de Gravura da Amadora.
    • 2013 – Alice Jorge – Traços, Ecos e Revelações. Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira

    domingo, 21 de janeiro de 2018

    ROSTOS DE CRIANÇAS Obras de Édouard H. Gandon e de Verónica O. Baptista



    RETRATOS NA CASA DE FAMÍLIA

    Quem olhe apenas para os móveis, os quadros, etc. vê que muitos correspondem a um passado anterior ao nascimento dos habitantes desta casa. Não estão, no entanto, dispostos como numa casa-museu. Esta, é uma casa viva, habitada, uma casa que respira. Nela, os objectos funcionam como pontes lançadas ao mundo dos antepassados. Estes entes queridos continuam a existir, por dentro da mente; eles partilham esta casa connosco, naturalmente.
     Assim, pode-se viver no meio de fantasmas, não no sentido trivial, mas etimológico do termo. Eles manifestam-se sob forma de retratos, belíssimos retratos que projectam olhares de tranquila e penetrante simpatia. 
    Bem se poderia raciocinar que determinado olhar e expressão do rosto, tão perfeitamente captados, fossem dirigidos ao pintor, ou alguém que estivesse no campo de visão da pessoa retratada
    Mas, de facto, a presença humana que se desprende de tais quadros é palpável. Quando contemplados, eles contemplam de volta o observador. 



    RETRATO I                                                                  


                       


                             

    Talvez o mais especial, para o autor deste blog, seja o pequeno quadro a óleo pintado pelo tio-avô, quando o sobrinho-neto tinha apenas seis anos: um rosto infantil, com um olhar sério e calmo, confiante.                                         
    Que estaria esta criança pensando, no momento em que foi retratada? - Na verdade, o olhar vindo do interior do quadro, do passado,  dá-lhe um sentido de coerência e de totalidade. 
    Porém, só muito tarde o Manuel teve consciência deste e de outros fenómenos. Distraído pelos afazeres da vida, triviais ou não, tinha ignorado aquela evidência! Ela tinha permanecido literalmente à frente dos seus olhos, durante várias décadas.  
    Um dia, por acidente, o pequeno quadro foi danificado, ficou com um rasgão. Foi necessário um restauro. 
    O restauro disfarçou o rasgão, mas alterou as subtis tonalidades da pele do rosto retratado. Presente no espaço familiar, o retrato deste menino de seis anos tem desempenhado um papel silencioso: o olhar da criança, perante o indivíduo adulto.


    RETRATO II




    RETRATO III
        


                   




    Verónica tinha herdado o talento de fazer viver um rosto, uma expressão, pela observação atenta e pelo traço que resume todo o mistério do ser, num sorriso, num olhar.            
    Duas das suas obras mais notáveis são os retratos de sua irmã Joana P. Baptista, quando esta tinha oito anos e do seu irmão, Eduardo Baptista, quando este tinha cerca de seis anos. 
    A Joana, tem o olhar fixado no longe; o olhar duma criança crescida, intensa, que procura o saber e a sabedoria.
    O Eduardo, olha intensa e directamente para o observador, sorrindo. Seu olhar vai directamente ao encontro do nosso.


    Murtal, 21 de Janeiro de 2018
    Manuel Banet Baptista

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    Sobre Édouard Honoré Gandon:












    Sobre Verónica Oliveira Baptista:





    http://manuelbaneteleproprio.blogspot.pt/2016/06/veronica-oliveira-baptista-obras-vol-4.html

    quinta-feira, 19 de outubro de 2017

    EXPOSIÇÃO DE DESENHO POR SARA PESTANA -

                                 Foto de Sarapintar.

    No «Atelier Aberto» do artista plástico Malenga encontra-se, até ao primeiro dia de Novembro, a exposição de Sara Pestana (Sarapintar) intitulada «Metamorfome».
    Estou consciente da enorme originalidade desta jovem artista, além dos laços de amizade que me ligam com ela e com os seus pais. 
    O seu estilo, muito original, está em evolução permanente, com novas propostas estéticas e explorando interacções entre vários domínios, desde as artes plásticas até à filosofia, passando pela psicologia. 
    Por isso, despachem-se em ir visitar a exposição em Lisboa,  rua São João da Mata 59. 

    quinta-feira, 30 de junho de 2016

    VERÓNICA OLIVEIRA BAPTISTA - OBRAS, VOL. 4

                                                                                                 

     











      













            





















    segunda-feira, 27 de junho de 2016

    VERÓNICA OLIVEIRA BAPTISTA (1986-2010) [vol.1]


    Aqui inicio a publicação da obra de minha filha, Verónica (1986-2010)



    Esta publicação no meu blogue, além do dever de memória, é uma maneira de partilhar - muito em especial com familiares e amigos/as da Verónica-  as poucas obras que pude conservar.



    Verónica «não era deste mundo». 
    Ela tinha o dom da observação dos rostos e do corpo humano. Aplicou-o em múltiplos trabalhos, alguns dos quais aqui se expõem.


    Mas deixo aos visitantes a palavra, cabe a eles opinar sobre a qualidade estética desta obra.