From Comment section in https://www.moonofalabama.org/2024/03/deterrence-by-savagery.html#more

The savagery is a losing card. By playing it the US and the West are undercutting every ideological, normative and institutional modality of legitimacy and influence. It is a sign that they couldn't even win militarily, as Hamas, Ansarallah and Hezbollah have won by surviving and waging strategies of denial and guerilla warfare. Israeli objectives have not been realized, and the US looks more isolated and extreme than ever. It won't be forgotten and there are now alternatives.
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sábado, 23 de março de 2024

LOUCURA CRIMINOSA DOS LÍDERES DA OTAN

[ CRÓNICA (Nº25) DA IIIª GUERRA MUNDIAL]

A IIIª Guerra Mundial é total: É na frente de batalha propriamente dita, como também nas frentes económica, financeira, social, cultural, ideológica...
Passam-se sempre coisas importantes. Mesmo aquelas que não são noticiadas, pela media - de direita, centro e esquerda - dos países ocidentais. Porém, aqui e agora, em vez de descrever esses factos não noticiados, desejo apresentar-vos um quadro geral da situação, como eu a vejo:
A loucura apoderou-se dos líderes políticos e as altas patentes militares. Eles, manipulando os seus eleitores, querem fazer uma guerra total à Rússia. Querem convencer-nos de que é vital para nossa sociedade, nação, civilização. Nada mais falso!
Eles estão a jogar com a nossa sobrevivência, não metafórica, mas na realidade. E eles fazem isso, porque estão ébrios de poder e sentem que outro bloco (os BRICS e associados), os está a ultrapassar, em muitos planos, desde o económico, à tecnologia, à capacidade militar.
Porque a Rússia não é mais manipulável, essa é razão profunda do descontrolo dos pigmeus políticos nas chancelarias do Ocidente e a causa da fúria de quererem agravar a guerra na Ucrânia, para a transformar em guerra pan-europeia e depois mundial, sem qualquer desejo (da parte deles) duma solução diplomática.
Querem, em suma, precipitar a Terceira Guerra Mundial no plano mais global, e já não apenas como guerra híbrida. Esta, tem sido mundial, num certo sentido, mas não se assumia como tal.
Esta é a traição gravíssima que estes dirigentes atlantistas estão a fazer aos seus respetivos povos. Nos discursos, afirmam agir em defesa de ideais que escrupulosamente espezinham, na prática. Eles querem precipitar o mundo para a catástrofe global.
A loucura dos neocons nos EUA contaminou as elites dirigentes da União Europeia. Estas só podem agir, devido à fraqueza da oposição, ou á ausência de oposição com força e coerência suficientes, incapaz de defender os que estão por baixo, as classes pobres e médias.
A marcha a passos largos para a transformação das democracias liberais em Estados autoritários/totalitários está diante de nossos olhos.


Há quase um século, Hannah Arendt descreveu os totalitarismos ascendentes do século XX, quer o de Hitler, quer o de Estaline. A sua obra é ímpar para a filosofia política. É verdade que não se pode sobrepor a sequência de acontecimentos de entre guerras do Século XX, com a presente caminhada para a tomada de poder dos totalitários do WEF, da UE, da OTAN, e por detrás, de poderosos interesses que manipulam os governos ocidentais. Mas, muitos traços salientes do que Hannah Arendt descreve, encontram-se nas situações de hoje: «A História não se repete, mas rima» como dizia Mark Twain. Os acontecimentos são superficialmente diferentes; as circunstâncias concretas nunca se repetem exatamente. No entanto, há analogias profundas entre estas duas épocas de ascensão do autoritarismo, em suas diversas formas.
Era necessário alguém (ou uma equipa) fazer uma nova síntese sobre as «Origens do Totalitarismo» (título do famoso ensaio de Hannah Arendt), no final do século XX e no primeiro quarto do século XXI.
Mesmo que tal livro fosse escrito e editado, muitas pessoas já não leem. O número de analfabetos funcionais tem-se multiplicado, incluindo nos países afluentes do Ocidente. Juntamente com a ignorância, vem a arrogância e a hostilidade a qualquer pensamento «não conforme». Está quase feita a cama para os novos regimes totalitários.
Em regime totalitário, não apenas se torna perigoso os indivíduos exprimirem seu pensamento, se este não estiver de acordo com a doutrina oficial, como os cidadãos são coagidos a mostrar adesão a estes regimes, aos seus valores, às suas orientações, etc. Quem hesita, ou se mostra pouco entusiasta do regime, fica sujeito a ser denunciado «anonimamente», pelos colegas ou familiares. A partir desse ponto, tal pessoa fica automaticamente discriminada, no mínimo, quando não presa, julgada por traição e executada.
Provavelmente, as pessoas que leram Hannah Arendt, recordam o seu aviso: A difusão do pensamento crítico e de informações não-controladas, desempenha um papel essencial, na fase de transição para uma plena ditadura totalitária. Efetivamente, quando deixa de haver oposição visível (mesmo que fraca), a violência do regime totalitário, recém-instalado, aumenta. Torna-se menos seletiva, tanto atinge elementos de oposição, como pessoas sem atividade contra o regime. Assim, instalam um ambiente permanente de terror: Verificou-se isso, tanto no regime de Hitler como no de Estaline. Note-se que esta violência acrescida ocorreu na altura em que os respetivos regimes já se tinham consolidado.
Os poderes, dos países do Ocidente, ainda não atingiram o grau de totalitário, apesar de um certo número de políticos se prestar a ajudar a que isso venha a acontecer.

Eu sei que um certo número de pessoas pensam basicamente o mesmo que eu. Não devem ter receio de exprimir e difundir o seu ponto de vista. Se querem liberdade de palavra, de opinião, têm de exercê-la. Não há outra maneira. Não como difusores de propaganda, mas como seres pensantes e que, não só conhecem seus direitos, como nunca renunciam a exercê-los.

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PS1: Na noite passada (depois de ter publicado este artigo) recebemos a notícia dum horrível atentado terrorista nos arredores de Moscovo, executado por um comando tajik (ex-república soviética da Ásia Central). Não tenho dúvidas de que este comando foi enquadrado por serviços secretos do «Ocidente», uma operação destas é complexa e implica uma complexa organização in loco. Não me restam dúvidas de quem organizou este mesmo atentado.
Um ex-operacional da CIA disse-o poucas horas depois do sucedido:
Se a Embaixada dos EUA sabia que se preparava qualquer coisa e, a 7 de Março, deu conhecimento aos serviços de segurança russos, fê-lo de modo vago, como que para ter a desculpa de que não tinha nada a ver com isso. O propósito estratégico segundo Larry Johnson e outros, seria causar uma vaga de indignação no povo russo, para o governo de Putin se precipitar numa retaliação, também ela terrível e cega, dando pretexto a que a OTAN faça (finalmente) aquilo que quer: Entrar na guerra da Ucrânia abertamente e já não em pequena escala e de forma encoberta. Até agora, os únicos «boots on the ground» da OTAN, eram «voluntários» que, na véspera, antes de combater na Ucrânia, faziam parte das tropas especiais de vários países da OTAN .
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PS2: Atribuição do atentado terrorista ao Estado Islâmico - Khorasan (ou seja da região do Paquistão e Afeganistão).
Esta atribuição, de que a agência Reuters se fez eco poucos momentos após o atentado, resulta de um falso comunicado, ou de alguém que se fez passar pelo «Estado Islâmico».
Apesar dos terroristas serem do Tajiquistão, república ex-soviética de maioria muçulmana, não tinham perfil de jihadistas. O seu modo de proceder não se enquadrava com o comportamento repetidamente observado de atentados terroristas realizados por jihadistas. Isso transpareceu pouco tempo depois do atentado de Moscovo. 
Estes terroristas eram apenas mercenários, agentes pagos. Com efeito, os jihadistas podem cometer atos terroristas, mas possuem motivação religiosa,  enquanto fanáticos devotos do Islão. O Alcorão proíbe explicitamente maltratar ou matar civis não combatentes, em especial, mulheres, mesmo que estes civis sejam «infiéis». Esta proibição ainda tem maior peso na altura do Ramadão (os muçulmanos estão agora a celebrar o Ramadão). Por outro lado, autênticos jihadistas não hesitariam em sacrificar-se, enfrentando e combatendo as forças policiais, pois seriam bem-aventurados (segundo a crença das seitas do islamismo radical), ao morrerem combatendo pelo Islão.
De facto, como diz o coronel Baños, este comando  terrorista é formado por mercenários. Eles tentaram escapar em direção da fronteira ucraniana, em vez de enfrentar a polícia e combater até à morte. 
Os serviços de segurança russos conseguiram capturá-los com vida, durante a fuga. Ao todo, prenderam 11, incluindo os 4 agentes diretos do massacre e 7 cúmplices. 
As informações obtidas apontam para a Ucrânia. Os serviços secretos ucranianos têm um longo historial de incursões terroristas, em que assassinam civis russos. Budanov, do serviço secreto militar ucraniano, poderá ser um responsável direto desta operação terrorista. Os russos têm meios para esclarecer quem e como planeou, coordenou e supervisionou este ato terrorista. 
Lembremos que Victoria Nulan, em Janeiro passado, visitou Kiev. Antes de partir, prometeu «surpresas desagradáveis», a Putin. Portanto, estava ao corrente dos atentados planificados e deu o seu aval aos mesmos. Depois, para encobrir o seu papel, demitiu-se; «pediu a reforma», como ela disse.


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Para conhecimento de factos sobre as várias frentes da Guerra Mundial em curso (não apenas a guerra Rússia-OTAN, na Ucrânia), pode consultar a série CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL.
O penúltimo número (Nº23) da série:

domingo, 18 de fevereiro de 2024

AS VACINAS ARN-m ANTI- COVID NÃO SÃO UMA BRILHANTE IDEIA*

 Todo o processo esteve muito errado, logo à partida: desde a irrupção da nova variedade de coronavírus - até ao alarme e instalação dum clima de histeria, amplificado por instâncias governamentais e oficiais - como os guardiães das "boas práticas médicas", incluindo Associações de Médicos, Farmacêuticos e Enfermeiros. As perseguições aos médicos corajosos, que trataram doentes com hidroxicloroquina ou com ivermectina e os que ergueram a voz para condenar a obrigatoriedade de vacinas experimentais;  forçaram, sob chantagem, os membros de vários corpos profissionais, desde pessoal de saúde, aos militares,  a tomarem a vacina; a ocultação sistemática dos efeitos secundários graves das mesmas (desde os ataques fulgurantes de coração, às paralisias e aos "cancros turbo");   falsificações que chegaram ao ponto de contabilizar muitas mortes causadas pelas vacinas contra o COVID, como sendo mortes devidas ao vírus do COVID ... Tudo isto e muito mais, constitui um rol de indignidades, baixezas, de negações flagrantes dos direitos humanos, de crimes. Note-se que isto ocorreu - sobretudo - em sociedades tidas como «civilizadas» e com «elevados padrões éticos».  

Como eu temi e avisei, um crime que não é devidamente denunciado e cujos autores não sejam judicialmente processados, vai ser necessariamente branqueado, as provas incriminatórias eliminadas, os testemunhos valiosos varridos para debaixo do tapete...

Pior ainda, tem havido continuidade e reforço das condutas criminosas, com a garantia de impunidade dos autores iniciais e dos coniventes. [Veja-se a este propósito, entre outros, o projeto de lei liberticida francês, de prisão até 3 anos e 45 mil euros de multa, para quem falar contra a vacina do COVID.]

 Este conjunto de factos, associados à deriva autoritária dos Estados e à sua transformação em apêndices das grandes empresas [desde as empresas de biotecnologia e farmacêuticas, às empresas de  tecnologia, de Internet, de vigilância e controlo dos cidadãos] vai ser visto pelas gerações futuras como um momento em que o Mundo quase mergulhou em nova era de obscuridade, de arbítrio, de violência e de totalitarismo. Isto, no caso otimista de tal situação não se vir a prolongar, a perpetuar-se; Neste último caso, os meus testemunhos e os de quantidade de outras pessoas serão eliminados, seu registo apagado, os relatos dos acontecimentos serão reescritos, para ficarem integralmente compatíveis com a narrativa do poder. É sempre assim, numa idade obscura, de profunda regressão. Mas, o facto de haver - em média - apenas uma situação deste género em cada milénio da História humana, faz com que praticamente a totalidade das pessoas  não esteja preparada: A grande maioria está inconsciente do que se está  passar. 

Mas surge, por vezes, uma pequena luz ao fundo do túnel (dos ecrãs de computador). É isso que vos quero apresentar agora: 

Ela, Ros Nealon-Cook, psicóloga australiana a quem foi retirada a licença profissional; o entrevistador é o Dr. Campbell, que no início da pandemia, começou por apresentar os dados da maneira mais convencional mas, a partir de certo ponto, apercebeu-se duma acumulação de coisas que não coincidiam com o seu saber médico e com o simples bom-senso. Essa tomada de consciência  fez com que tomasse uma posição crítica em relação ao discurso oficial.

 Espero que este vídeo permaneça no YouTube, mas não posso ter a certeza, pois já tantos vídeos sobre o assunto têm sido censurados, não há garantia que este não o seja. Vejam, enquanto é possível, esta extraordinária entrevista entre duas pessoas científicas, profundamente humanas e altruístas, que se mostraram capazes de sacrificar muito para dar o alerta aos seus concidadãos!

O DESMASCAR DA MANIPULAÇÃO PSICOLÓGICA DO COVID:


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* Estas vacinas anti-COVID são um enorme fiasco e um crime, em termos de saúde pública, mas são um «belíssimo negócio» para os empórios gigantes farmacêuticos...

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ABAIXO, ALGUNS ARTIGOS DO BLOG RELACIONADOS COM ESTE ASSUNTO:

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2024/02/perseguicao-de-denunciador-do-escandalo.html


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2023/11/artigo-cientifico-identifica-sindroma.html


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2023/10/sabe-o-que-sao-turbo-cancros.html


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2023/07/vacinas-covid-24-vezes-mais-reacoes.html

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

DECLARAÇÃO DE CJ HOPKINS AO TRIBUNAL DE BERLIM (23 de Janeiro de 2023)

Esta declaração é - na verdade - um rol de acusação daquilo em que se transformou a «justiça» na Alemanha e por extensão em todos os países europeus cujos governos (e status quo) se dedicaram a perseguir, excluir, censurar e difamar as pessoas que legitimamente contestavam as medidas ditas de «contenção» do COVID. Sabemos pelos factos que estas últimas tinham plena razão; que as «medidas de contenção» tinham apenas um fim: a sujeição da cidadania. Um traço típico de poderes totalitários. 



É absolutamente claro, qual foi e é a intenção do autor, nunca havendo o mínimo traço de «propaganda pró-nazi». O facto dessa acusação ter sido formulada e admitida em tribunal e do próprio julgamento ter tido lugar (mesmo que tenha havido absolvição) equivale - antes de mais - a perseguição e difamação, pelo próprio aparelho de «justiça», nesse país. É grave, na medida em que o poder do Estado (poder judicial, neste caso) usou a lei de forma totalmente distorcida e isenta de qualquer fundamento razoável, para perseguir um autor com uma visão crítica, dissidente. 

Goste-se ou não, concorde-se ou não, CJ Hopkins tem direito a exprimir a sua opinião por todos os meios, sendo que todo o atentado à sua integridade e aos direitos básicos de autor são índice seguro de que novo tipo de totalitarismo se está a instalar e domina  em certo número de consciências, incluindo nas de autoridades que deveriam zelar pelo cumprimento da legalidade democrática. 

Um caso em que o aparelho judicial alemão é humilhado pela sua própria conduta, enquanto o réu CJ Hopkins fica claramente em posição de vencedor. Seria justo que o Estado de Berlim fosse processado e tivesse que pagar indemnização pelos danos materiais e morais causados. 

Abaixo, a declaração de CJ Hopkins ao tribunal:

Berlin District Court, January 23, 2024

My name is CJ Hopkins. I am an American playwright, author, and political satirist. My plays have been produced and received critical acclaim internationally. My political satire and commentary is read by hundreds of thousands of people all over the world. 20 years ago, I left my own country because of the fascistic atmosphere that had taken hold of the USA at that time, the time of the US invasion of Iraq, a war of aggression based on my government's lies. I emigrated to Germany and made a new life here in Berlin, because I believed that Germany, given its history, would be the last place on earth to ever have anything to do with any form of totalitarianism again.

The gods have a strange sense of humor. This past week, thousands of people have been out in the streets all over Germany protesting against fascism, chanting "never again is now." Many of these people spent the past three years, 2020 to 2023, unquestioningly obeying orders, parroting official propaganda, and demonizing anyone who dared to question the government's unconstitutional and authoritarian actions during the so-called Covid pandemic. Many of these same people, those who support Palestinian rights, are now shocked that the new form of totalitarianism they helped usher into existence is being turned against them.

And here I am, in criminal court in Berlin, accused of disseminating pro-Nazi propaganda in two Tweets about mask mandates. The German authorities have had my speech censored on the Internet, and have damaged my reputation and income as an author. One of my books has been banned by Amazon in Germany. All this because I criticized the German authorities, because I mocked one of their decrees, because I pointed out one of their lies.

This turn of events would be absurdly comical if it were not so infuriating. I cannot adequately express how insulting it is to be forced to sit here and affirm my opposition to fascism. For over thirty years, I have written and spoken out against fascism, authoritarianism, totalitarianism etc. Anyone can do an Internet search, find my books, read the reviews of my plays, read my essays, and discover who I am and what my political views are in two or three minutes. And yet I am accused by the German authorities of disseminating pro-Nazi propaganda. I am accused of doing this because I posted two Tweets challenging the official Covid narrative and comparing the new, nascent form of totalitarianism that it has brought into being -- i.e., the so-called "New Normal" -- to Nazi Germany.

Let me be very clear. In those two Tweets, and in my essays throughout 2020 to 2022, and in my current essays, I have indeed compared the rise of this new form of totalitarianism to the rise of the best-known 20th-Century form of totalitarianism, i.e., Nazi Germany. I have made this comparison, and analyzed the similarities and differences between these two forms of totalitarianism, over and over again. And I will continue to do so. I will continue to analyze and attempt to explain this new, emerging form of totalitarianism, and to oppose it, and warn my readers about it.

The two Tweets at issue here feature a swastika covered by one of the medical masks that everyone was forced to wear in public during 2020 to 2022. That is the cover art of my book. The message conveyed by this artwork is clear. In Nazi Germany, the swastika was the symbol of conformity to the official ideology. During 2020 to 2022, the masks functioned as the symbol of conformity to a new official ideology. That was their purpose. Their purpose was to enforce people's compliance with government decrees and conformity to the official Covid-pandemic narrative, most of which has now been proven to have been propaganda and lies.

Mask mandates do not work against airborne viruses. This had been understood and acknowledged by medical experts for decades prior to the Spring of 2020. It has now been proven to everyone and acknowledged by medical experts again. The science of mask mandates did not suddenly change in March of 2020. The official narrative changed. The official ideology changed. The official "reality" changed. Karl Lauterbach was absolutely correct when he said, "The masks always send out a signal." They signal they sent out from 2020 to 2022 was, "I conform. I do not ask questions. I obey orders."

That is not how democratic societies function. That is how totalitarian systems function.

Not every form of totalitarianism is the same, but they share common hallmarks. Forcing people to display symbols of conformity to official ideology is a hallmark of totalitarian systems. Declaring a "state of emergency" and revoking constitutional rights for no justifiable reason is a hallmark of totalitarian systems. Banning protests against government decrees is a hallmark of totalitarian systems. Inundating the public with lies and propaganda designed to terrify people into mindless obedience is a hallmark of totalitarian systems. Segregating societies is a hallmark of totalitarian systems. Censoring dissent is a hallmark of totalitarianism. Stripping people of their jobs because they refuse to conform to official ideology is a hallmark of totalitarian systems. Fomenting mass hatred of a "scapegoat" class of people is a hallmark of totalitarianism. Demonizing critics of the official ideology is a hallmark of totalitarian systems. Instrumentalizing the law to punish dissidents and make examples of critics of the authorities is a hallmark of totalitarianism.

I have documented the emergence of all of these hallmarks of totalitarianism in societies throughout the West — including but not limited to Germany — since March of 2020. I will continue to do so. I will continue to warn readers about this new, emerging form of totalitarianism and attempt to understand it, and oppose it. I will compare this new form of totalitarianism to earlier forms of totalitarianism, and specifically to Nazi Germany, whenever it is appropriate and contributes to our understanding of current events. That is my job as a political satirist and commentator, and as an author, and my responsibility as a human being.

The German authorities can punish me for doing that. You have the power to do that. You can make an example of me. You can fine me. You can imprison me. You can ban my books. You can censor my content on the Internet, which you have done. You can defame me, and damage my income and reputation as an author, as you have done. You can demonize me as a "conspiracy theorist," as an "anti-vaxxer," a "Covid denier," an "idiot," and an "extremist," which you have done. You can haul me into criminal court and make me sit here, in Germany, in front of my wife, who is Jewish, and deny that I am an anti-Semite who wants to relativize the Holocaust. You have the power to do all these things.

However, I hope that you will at least have the integrity to call this what it is, and not hide behind false accusations that I am somehow supporting the Nazis by comparing the rise of a new form of totalitarianism to the rise of an earlier totalitarian system, one that took hold of and ultimately destroyed this country in the 20th Century, and murdered millions in the process, because too few Germans had the courage to stand up and oppose it when it first began. I hope that you will at least have the integrity to not pretend that you actually believe I am disseminating pro-Nazi propaganda, when you know very well that is not what I am doing.

No one with any integrity believes that is what I am doing. No one with any integrity believes that is what my Tweets in 2022 were doing. Every journalist that has covered my case, everyone in this courtroom, understands what this prosecution is actually about. It has nothing to do with punishing people who actually disseminate pro-Nazi propaganda. It is about punishing dissent, and making an example of dissidents in order to intimidate others into silence.

That is not how democratic nations function. That is how totalitarian systems function.

What I hope even more is that this court will put an end to this prosecution, and apply the law fairly, and not allow it to be used as a pretext to punish people like me who criticize government dictates, people who expose the lies of government officials, people who refuse to deny facts, who refuse to perform absurd rituals of obedience on command, who refuse to unquestioningly follow orders.

Because the issue here is much larger and much more important than my little "Tweet" case.

We are, once again, at a crossroads. Not just here in Germany, but throughout the West. People went a little crazy, a little fascist, during the so-called Covid pandemic. And now, here we are. There are two roads ahead. We have to choose ... you, me, all of us. One road leads back to the rule of law, to democratic principles. The other road leads to authoritarianism, to societies where authorities rule by decree, and force, and twist the law into anything they want, and dictate what is and isn't reality, and abuse their power to silence anyone who disagrees with them.

That is the road to totalitarianism. We have been down that road before. Please, let's not do it again.


N.B. A German version of the statement is available in Aya Velázquez’s article and on Bastian Barucker’s blog.

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PS (21/03/2024): O caso não foi encerrado. O procurador do tribunal de Berlim decidiu recorrer da sentença. É - simultaneamente - uma história absurda e angustiante, pelo facto dos supostos guardiães da legalidade e direitos civis, estarem a usar os tribunais para perseguição política. Mas, isto passa-se em todo o «Ocidente». Leia o artigo e entrevista a CJ Hopkins, de autoria de Matt Taibbi:

https://www.zerohedge.com/markets/its-not-about-trump-american-cj-hopkins-charged-again-germany-describes-global-censorship


quarta-feira, 15 de novembro de 2023

PROPAGANDA 21 (nº20) «A BANALIDADE DA PROPAGANDA*»

 Patrick Lawrence, no seu recente artigo «A Banalidade da Propaganda» analisa os mecanismos pelos quais os poderosos transformam as palavras e as usam como instrumentos de ataque contra a inteligência dos seus súbditos, sem qualquer preocupação pela verdade, pela coerência, pela justiça. Os exageros e as inversões lógicas abundam nos discursos propagandísticos do poder. 

O exemplo mais recente, é o do poder de Estado de Israel, que nos quer fazer crer que as vítimas (os pobres civis esmagados e desfeitos pelas bombas israelitas) seriam, afinal, os «maus». O Chefe de Estado de Israel, Isaac Herzog, vai ao ponto de fabricar uma história envolvendo uma tradução árabe de «Mein Kampf» de Hitler** como tendo sido encontrada em Gaza, num esconderijo do Hamas! 

https://caitlinjohnstone.com.au/2023/11/15/theyre-just-insulting-our-intelligence-at-this-point/

Mas é preferível ler a história no artigo original, com o talento de Patrick Lawrence e os detalhes!

Pessoalmente, o que mais me impressionou, foi a justeza absoluta da reflexão de Hannah Arendt, judia e grande filósofa política, feita numa conversa em 1975, pouco tempo antes de morrer, com Roger Errera, um ativista da liberdade de expressão. As palavras deste diálogo são aplicáveis às situações que  enfrentamos hoje, cinquenta anos depois:

 “If everybody always lies to you,” she said to Roger Errera, “the consequence is not that you believe the lies, but rather that nobody believe anything any longer.” ***

As circunstâncias e acontecimentos presentes não podiam ser mais ilustrativos do que disse Hannah Arendt, há cinquenta anos!  

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*Nota 1: O título do artigo de Lawrence, na revista Consortium News, evoca o célebre livro de Hannah Arendt sobre o processo do nazi Eichmann, «A Banalidade do Mal».

**Nota 2: Livro escrito por Hitler na prisão «Mein Kampf» (A Minha Luta), tornou-se o principal instrumento de propaganda do nazismo.

***Nota 3: " Se toda a gente te mentir, a consequência não é que acredites nas mentiras, mas antes que ninguém acredite jamais em seja o que for."

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

CRÓNICA (Nº16) DA IIIª GUERRA MUNDIAL : «NORMALIZAÇÃO» DO ESTADO DE GUERRA NA EUROPA

Uma boa introdução à situação militar e geopolítica no continente europeu, pode ser a visualização da entrevista dada pelo Coronel Douglas Macgregor:

O Coronel explica de forma muito clara porque o melhor que se poderia fazer do lado ocidental era acabar com a guerra na Ucrânia. Porém, o establishment de Washington está cego e insensível à catástrofe que provocou.

Figura: tanque alemão panther destruído pelos soviéticos, na IIª Guerra Mundial. Os modernos tanques panther 
 também têm sido destruídos na guerra Russo-Ucraniana.

Devemos ver os predadores psicopatas que governam os vários países, nomeadamente os mais fortes, como aquilo que são. Os discursos e as posições «de princípio» são apenas paraventos de palavras para encobrir os seus jogos de poder sangrentos.

Os EUA, comandando os seus aliados europeus, obrigando-os a fazer uma guerra não declarada contra a Rússia, estão a ordenar-lhes o «suicídio assistido da Europa».

Com efeito, eles pretendem que o conflito na Ucrânia desemboque numa espécie de situação de instabilidade permanente, nas fronteiras russas.

Eles sabem não haver interesse, da parte dos russos, numa invasão dos territórios onde é maioritária a etnia ucraniana (falantes de ucraniano). Têm já muito que reconstruir nas 4 províncias recém unidas à Federação Russa.

Os americanos desejam que a situação evolua para um cessar-fogo, para viabilizar uma espécie de zona tampão: Uma faixa de território desmilitarizada, que separe os territórios ucranianos, dos novo-russos.

Para eles, isso é satisfatório, pois os países europeus serão obrigados a fabricar armamento em grande escala, para enviar para uma Ucrânia reduzida, mas possuidora de continuidade política. O acordo de cessar-fogo seria suscetível de ser rompido logo que a Ucrânia, «o peão da OTAN», estivesse em condições de levar a cabo uma ofensiva realmente ameaçadora contra o território russo.

Mas este esquema é, para os europeus, o equivalente a terem guerra permanente em casa (no caso das zonas diretamente em conflito), ou muito próximo de casa.

Trata-se da eternização da Europa, enquanto zona de conflito. Os governos americanos adoram a situação, porque continuarão a ser suseranos dos países europeus enfraquecidos e submissos dentro da OTAN.

Por outro lado, a União Europeia, com potencial industrial e a possibilidade de se erguer como bloco autónomo, desaparece. Os EUA vão apoiar os países anglófonos e (re)constituir o seu império com o Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e países do «Commonwealth», que mantêm as suas distâncias com os BRICS, ou seja, países que se conservam na órbita de influência anglo-americana. Quanto à Europa da União Europeia, esta vai ser apenas uma «zona tampão».

O sonho utópico dos europeístas está definitivamente acabado. Só há autonomia política, se houver autonomia militar e diplomática: Mas, estas significam -afinal- que têm a sustentação duma economia largamente independente, embora mantendo elevado nível de cooperação com outras zonas.

Este foi o sonho que os sociais-democratas alemães tentaram realizar, mas tiveram que se submeter ao jogo do Tio Sam. Para tornar as coisas bem claras, o Tio Sam rebentou os gasodutos que forneciam energia barata e viabilizavam uma indústria alemã competitiva .

Não esqueçamos que tanto os americanos, como os dirigentes da OTAN (fantoches dos americanos) recusaram - no Outono/Inverno de 2021 - todas as propostas russas para abertura de negociações com vista a obtenção de garantias mútuas de segurança em todo o espaço Europeu.

Os países europeus mostraram o seu estatuto de vassalos, ao não abrirem conversações diretas com os russos, apesar de serem os mais interessados nas soluções diplomáticas e pacíficas para o continente europeu. O fantoche Jens Stoltenberg fazia, por essa altura (meses antes da invasão russa, em 2021), declarações incendiárias, dizendo, em substância: «de cada vez que eles (russos) vierem propor negociações, nós devemos responder com mais armamento, mais sistemas de mísseis, mais tropas da OTAN, nos Estados que fazem fronteira com a Rússia».



O que eu temo é a indiferença, a sujeição da cidadania. Esta, nunca foi tão intensamente condicionada. Depois do primeiro «ensaio» do COVID, fomos transformados em «ratos de laboratório humanos», para ensaios de condicionamento. Há que escrever uma obra - cientificamente consistente - sobre isto. Até agora, tenho podido ler artigos inteligentes sobre o assunto. Porém, os poderes e seus estados-maiores, possuem departamentos de «contra-informação», que se dedicam à guerra psicológica, à propaganda de guerra. Esta, é dirigida às populações dos países que estão «do nosso lado», mais do que às populações «inimigas».

Note-se que este estado de guerra permanente em solo europeu convém a muitos políticos, que assim podem jogar com o medo para se fazerem eleger (ou reeleger). Também serve os grandes patrões, que podem fazer reinar o terror nas suas empresas, despedindo e discriminando quem lhes apetecer, sob pretexto «de se livrarem de elementos subversivos, a soldo de Moscovo, etc.» Se isto vos soa a Guerra Fria, é porque o é efetivamente. Agora, já não dirigida contra a União Soviética e o «socialismo/comunismo», o grande papão. Agora o papão é a Rússia e «o novo Hitler» Putin, etc...

Realmente, tenho pouca esperança no imediato, pois a classe trabalhadora europeia está de rastos, alienada e sem uma perspetiva independente.

A hipótese de criação duma instância partidária ou duma frente, remotamente semelhante às frentes de classe dos anos 1930, é apenas um devaneio, infelizmente.

Como não vai haver uma resposta capaz de enfrentar o perigo, as populações europeias vão pagar. Elas já estão pagando, pois são europeias as populações da Ucrânia, da Rússia e dos países limítrofes que sofrem diretamente o impacto desta guerra cruenta.

Prevejo a continuação do cenário acima traçado, no curto prazo; mas, também, pode estar para durar por tempo indefinido.

Não faço conjeturas sobre a duração desta nova Guerra-Fria, nem sobre os meios pelos quais os povos se livrarão dela. Pelo menos, tentarei alertar as poucas pessoas, ainda capazes de raciocinar de forma livre e independente, de que o que se prepara é talvez pior e certamente diferente dos totalitarismos que estudámos nos livros de História do Século XX.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

O PROBLEMA DA CENSURA E PERSEGUIÇÃO DAS VOZES DISSIDENTES

 Muitas pessoas estarão de acordo em considerar a liberdade de opinião como pilar essencial das nossas sociedades ocidentais. Neste momento, desenvolve-se uma cruel e seletiva caça à dissidência, que tem como vítimas jornalistas, escritores e outras figuras públicas conhecidas, respeitadas e apreciadas. Perante isto, nota-se uma indiferença da cidadania e um olhar para o lado de pessoas metidas na luta política (leia-se política = meios de alcançar o poder). Não só são passivos perante esses crimes, como perante os  crimes que justamente foram denunciados pelos dadores de alerta (Assange, Snowden, etc, etc). Dessa forma, estão a dar cobertura aos senhores do poder, que irão «tratar-lhes da saúde», assim que tiverem a situação inteiramente sob controlo.

 Parece que muitos dos intelectuais dos países ocidentais ignoram os escritos de Hannah Arendt, e de muitos outros autores importantes, sobre a ascensão dos totalitarismos. Para mim, não é surpresa que os neoliberais os ignorem, quer no sentido de nunca os terem lido, ou de terem esquecido por conveniência (oportunismo) esses escritos fundamentais de reflexão em filosofia política. Mas, choca-me ainda mais que pessoas com elevadas credenciais académicas e culturais se comportem «como se» ignorassem tudo sobre a natureza dos sistemas totalitários, as suas manhas para subverter por dentro as democracias, etc. Será possível que esqueçam os contributos de Hanna Arendt, de Bertolt Brecht ou de Soljenitsin e de muitos outros, que seria demasiado longo citar?

O problema não é ter-se mais ou menos conhecimento: é muito mais central e premente. Tem relação com a dignidade e a coragem do ser humano; dizer-se «não colaboro, a minha consciência não mo permite»; ou «já não posso continuar sem fazer nada, como se nada houvesse, ou como se isso nada tivesse que ver comigo e com a sociedade em que vivo».

Eu compreendo melhor, agora, o desespero de Stefan Zweig, que o levou ao suicídio quando pensou que os nazis iriam vencer a II Guerra Mundial. Ele não queria viver num mundo assim. Também o existencialismo de Albert Camus, que teve a coragem de contribuir ativamente para a Resistência francesa durante a IIª Guerra Mundial.  Não cito aqui muitos outros, que merecem a nossa homenagem e são exemplos de dignidade humana e de elevado valor moral. 

A minha postura pode ser considerada estranha, face ao tempo em que vivemos. Pois eu sou testemunha, mas não participo nesta cultura hedónica, materialista (no sentido de procura dos bens materiais), de adoração do poder, do dinheiro, do «estrelato»... que é hoje o substrato cultural da maioria das pessoas.

 Mas, isto não acontece por acaso. Note-se que - por enquanto - o ensino nos países ocidentais não veicula estas ideologias - pelo menos, de um modo explícito. As religiões correntes nestas paragens (a cristã, mas também as outras), não encorajam, até condenam explicitamente, esta adoração do vitelo de ouro. 

Penso que a influência da comunicação social de massas é avassaladora e impregna, ao nível subconsciente, quase todas as pessoas: isto inclui, obviamente, pessoas inteligentes e de elevado nível cultural. Por isso, os verdadeiros donos deste mundo querem ter o controlo da media, sobretudo das redes sociais, como temos visto nos casos de Elon Musk, Marc Zuckerberg, etc.

A cultura das pessoas em Portugal tornou-se quase uniformemente ocidentalizada, assimilando a cultura anglófona, em particular a dos EUA, sob todos os aspetos; desde a música pop-rock, às modas de linguagem - a utilização do inglês no comércio e publicidade - aos valores ideológicos e aos modelos comportamentais das «stars». 

Por contraste, vai aumentando a ignorância do que seja português, ibérico, e de tudo o resto que não seja anglo-saxónico, mas europeu ou extraeuropeu. Isso faz com que tenham «uma vaga ideia», no melhor dos casos, das produções e personalidades que marcaram as outras culturas. 

 Não sou parcial, não tenho qualquer ódio e raiva aos americanos e ingleses, nem à maioria dos intelectuais, homens e mulheres com elevado padrão moral, além de talento. Eu aprecio a coragem de alguns jornalistas, ensaístas e políticos, dos EUA, como Chris Hedges ou como Paul Craig Roberts (e muitos outros). 

Criticar o imperialismo e a repressão aos «de baixo», não me afasta (ideológica e eticamente) deles; pelo contrário, isso aproxima-nos. O que há de bom na cultura anglo-saxónica, é por mim reconhecido, tanto em relação ao passado, como ao presente. De facto, o combate pela liberdade atravessa fronteiras geográficas ou físicas, mas também de cultura e ideológicas. 

A censura não é um «problema de intelectuais», porque o próprio âmago da liberdade está aqui em causa, a liberdade de todos; sejam de esquerda, ou direita; radicais ou conservadores; crentes ou ateus, etc...

     O autor, dramaturgo esquerdista, é acusado por tribunal de Berlim de «propaganda nazi»!

Se alguns são amordaçados por causa das suas ideias, daquilo que pensam e escrevem, então, qualquer um de nós pode também ser, de um momento para o outro. Estamos todos ameaçados. Estou convicto disso: a realidade tem trazido, ultimamente, imensas provas em apoio desta convicção.

domingo, 28 de maio de 2023

[CJ HOPKINS] A CAÇA AOS OPOSITORES DO GLOBALISMO CAPITALISTA ESTÁ ABERTA

Na minha opinião, CJ Hopkins é - no momento atual - o mais genial e acutilante autor de sátira política. Que os lagartos pintados o odeiem é visto - por mim - como um título de glória, uma confirmação de que Hopkins acertou, com a sua certeira crítica. 

Começo a ficar cansado da perfídia: Eles fazem-se de ignorantes, de imbecis etc., para melhor esmagar seus adversários mais consequentes, sem que os ingénuos percebam a manobra pérfida deles. 

Todos temos a perder, com a anulação da liberdade de expressão. As leis ultimamente passadas, supostamente para «defender-nos dos inimigos da liberdade», são usadas pelos neo-(qualquer coisa) para se livrarem de qualquer opinião individual ou coletiva que apresente um perigo para eles. 

Para eles, nada pior do que as massas saberem a verdade, do que tomarem consciência de como têm sido manipuladas. Tudo indica que entrámos na era de transição para um totalitarismo «de novo tipo», pior ainda que os totalitarismos do século XX.

Leia «The Anti-Anti-Semitism Follies*» e ajuíze por si próprio/a. 

Presentemente, muitas pessoas são iludidas do modo mais completo. Uma parte do que se chamava «esquerda» está completamente confusa e  desorientada. Eu já sei o que aí vem, pois estudei a história do século XX e não só. 


                                 Uma cena célebre de John Cleese, fazendo o «passo de ganso»

sexta-feira, 31 de março de 2023

VÓS QUE AQUI ENTRAIS, ABANDONAI TODA A ESPERANÇA!*

           

 Pintura de Boticelli: Inferno segundo Dante

É difícil de se fazer uma síntese do que se está a passar no mundo, hoje. Temos de interligar as crises bancárias, com as de governabilidade e estas, com o surgimento e desagregação de alianças geoestratégicas e militares. Estas crises entrecruzam-se e têm efeitos claros nas sociedades. Há uma crise de valores, um relativismo ético e uma fuga para falsas esperanças.  

Porém, a crise que eu considero mais grave de todas é a de (des-)responsabilização, quer dos indivíduos enquanto cidadãos, quer dos eleitos, enquanto mandatários dos que os elegeram. Na raiz desta crise, está a deslegitimação do «Estado de Direito», que tem sido protagonizada pelos que mais envolvidos estão nos assuntos de Estado e de governo e, portanto, agravam esta deslegitimação, com a sua conduta frívola, ou irresponsável, quando não francamente corrupta.

Portanto, sem fazer moralismo, direi que se trata de uma crise ética. Ética, no sentido de se saber quais os valores que enformam as ações dos indivíduos. Quando uma casta se considera «naturalmente» acima das regras e leis do «vulgo», estamos a assistir a uma deslegitimação  vinda daqueles mesmos que tinham todo o interesse em manter o sistema, em dar-lhe credibilidade. 

Este complexo de causas e consequências, as crises que se somam, se sucedem e potenciam, não podem ser atribuídas aos povos. Porque, a verdade é que as pessoas vivem permanentemente sujeitas a uma propaganda e esta assume todas as características de propaganda de guerra (mesmo antes de haver guerra, propriamente): a propaganda de guerra incide sobre aspetos que causam grande medo e angústia, nos indivíduos às quais se dirige. Causa uma reação de rejeição do «outro», visto como o inimigo, ou como alguém antissocial (assim eram considerados os indivíduos que não se conformaram com a injeção de ARNm dita vacina anti-coronavírus) e chega ao ponto de negar ao «inimigo» a sua humanidade. 

A propaganda não é algo que surge espontaneamente: ela é pensada por equipas interdisciplinares, que preparam e lançam a campanha. 

Com efeito, a empresa de domínio das multidões por uma ínfima minoria, pode passar por ser apenas um aspeto da democracia, poderia ser vista como fazendo parte dos mecanismos de convencimento, de persuasão, que as diversas forças políticas utilizam na  sua luta política. Sem dúvida, este aspeto existe, mas aquilo que prevalece é o que se pode classificar como «convencimento negativo», ou seja, o denegrir a imagem do outro, seja ele candidato presidencial, ao parlamento, ou a outro cargo político. 

As coisas não param aqui, pois as campanhas de enegrecimento da imagem, de diabolização, têm frequentemente atacado os «dadores de alerta» (whistleblowers), aos quais se reconhece, em teoria, o direito de proteção mas, na prática, são   maltratados, quer por autoridades judiciais, quer pelo aparelho político, quer ainda, pela media corporativa.

Como é evidente, a  dita democracia liberal, não funciona nem como democracia (= poder do povo), nem como liberal (= sistema defensor das liberdades). A própria política está cheia de expressões que são usadas para descrever o contrário daquilo que inicialmente queriam dizer, em linguagem comum (a inversão orwelliana do significado). Esta apropriação do vocabulário e sua distorção, tem o efeito de afastar as pessoas íntegras, de entrarem ou de se manterem na pugna política. Pelo contrário, vai permitir que as pessoas menos indicadas para altos cargos de governo, ou lugares-chave dentro da administração, sejam as que vencem. Eu designo este abastardamento, como a «seleção darwiniana ao contrário», isto é, vencem os menos aptos, os menos éticos, os mais oportunistas e os mais arrogantes. 

Não é possível caucionar este sistema com as virtudes que muitos desejariam ver nele. Se os regimes autoritários não satisfazem também as exigências mínimas em relação aos direitos humanos (o que é uma verdade), a evolução dos sistemas ditos de democracia liberal, nestes 30 ou mais anos, mostra que os políticos que tiveram e têm mais influência e poder, têm transformado as realidades políticas e institucionais, sempre no sentido de esvaziar o poder coletivo da cidadania, pondo o indivíduo mais à mercê do arbítrio do Estado todo-poderoso, incluindo o poder judicial, além de terem sido responsáveis por crimes gravíssimos, pelos quais - na imensa maioria - têm impunidade, mesmo relativamente aos que são conhecidos.  

O mais preocupante é que muitas medidas que eles pretendem implementar, são a cópia direta, ou com adaptações, de medidas adotadas por regimes que - eles próprios, políticos no Ocidente - consideram «totalitários». Estão a copiar os mecanismos de vigilância e controlo, instalados pelas autoridades dos países que eles dizem ser autocracias. Veja-se o que foi desenvolvido a pretexto do COVID; as repressões às pessoas resistentes a serem injetadas com «vacina» da ARN, essas  que eles consideravam «merecer» um castigo tão terrível como a demissão compulsiva do emprego.

Se, há quarenta ou mais anos, eu tivesse conhecimento do que são, hoje, a falta de respeito pelos direitos humanos, pelas liberdades e garantias, assim como o comportamento dos poderosos, a acumulação de dinheiro e de poder, não teria a mínima hesitação em dizer estarmos perante estados totalitários, ou que para lá caminham. 

Como eu, a imensa maioria das pessoas da minha geração, teve esperança num socialismo libertador, emancipador, numa melhoria do exercício da cidadania e no desenvolvimento do bem-estar material para as classes menos favorecidas. Nenhuma destas expetativas se realizou. Mas, ao contrário dos «amnésicos», eu tenho exatamente a noção do que se perdeu. Isso, tem para mim um valor-chave, para o presente e o futuro: Estou a falar da esperança. Sem esperança, não existe ímpeto, quer nos indivíduos, quer nas sociedades, para trabalhar pela melhoria da sua condição. 

(*) Assim, a acusação que eu faço aos que se banqueteiam com o poder, é que: «Sois os guardiães das portas do Inferno. Segundo Dante, as portas eram encimadas pela seguinte inscrição: Vós que aqui entrais, abandonai toda a esperança!»



domingo, 5 de março de 2023

A SITUAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

Serão precisos muitos mortos e feridos numa guerra, para a cidadania europeia acordar e exigir Paz aos seus dirigentes? Creio que sim, creio que - infelizmente - as pessoas ficaram dessensibilizadas da guerra por múltiplas técnicas de supressão dos sentimentos (pelo medo e pelo horror), suprimiram a solidariedade humana, que uma guerra deveria suscitar.




Da parte dos poderes, da OTAN e dos seus chefes, dos parlamentares, dos primeiros ministros europeus, dos seus governos, em relação à Ucrânia, assistimos a mais de oito anos de manipulação dos sentimentos, de mentira institucionalizada e o militarismo descarado, que vai até à recusa de negociar. Assistimos a tudo isso - nós - da cidadania europeia. Mas, a cidadania manteve-se numa letargia inquietante da qual está, apenas agora, a despertar.
Não sei sobre o assunto, senão consultando fontes diversas, não apenas da media «mainstream», como também opiniões críticas, de pessoas que têm um conhecimento aprofundado e - nalguns casos - direto do que se está a passar nesta guerra do «Ocidente» contra a Rússia, em solo ucraniano e usando o povo ucraniano como «carne para canhão».
A eficácia da neutralização dos sentimentos pelo aparelho ideológico - da media e governos fusionados- experimentou-se durante a crise do SARS-Cov-2. Esta pseudo- pandemia continua a fazer vítimas. As das injeções de «vacina», que apenas serviram para aumentar os lucros da Pfizer e doutros gigantes da indústria farmacêutica. Mas, também são vítimas, as corajosas pessoas que se ergueram contra a monstruosidade e perderam o emprego, não receberam indemnização nenhuma, nem será feita justiça, pelo andar das coisas.
Juntaram as duas coisas: A psicose coletiva do COVID e a crença na propaganda de guerra do Ocidente sobre as sua própria população. Estes mecanismos implicaram a supressão ou inversão dos sentimentos das pessoas «normais» que receberam constantes mensagens de propaganda, como avisos assustadores, falsas informações, descrevendo o inimigo como inumano, tranquilizando a má consciência que grande parte poderia ter, através de respostas ilusórias, tais como:
«O vírus é muito mau e muito mortífero, mas nós sabemos resolver o assunto, que se resume a que te submetas e te vacines, não prestando atenção a avisos vindos de pessoas maldosas, pois a única cura é uma vacinação maciça de todos, incluindo idosos, grávidas e crianças...»
ou
«O Putin é o novo Hitler, a Rússia é o reino do Mal, mas nós vamos apoiar sem desfalecer, de todos os modos, a valente e democrática Ucrânia. Não há dúvida que os maus dos russos vão sofrer uma derrota, face às sanções impostas pelo Ocidente e ao seu apoio em armamento, peritos, mercenários, biliões e mais biliões de dólares».
Note-se que, até pouco tempo antes da invasão russa, o perigo de milícias ucranianas de extrema-direita, integradas nas forças armadas desse país, foi assinalado pela própria media mainstream. Depois, esses elementos de extrema direita desapareceram do «écran mediático» e passaram a ser «heróis». Estas mentiras cosidas com um fio bem visível não apoquentam as pessoas, mesmo depois delas perceberem que, afinal, foram enganadas. Isto só é possível com a ilusão continuada de que as «democracias» ocidentais têm eleições ditas «livres».
Os partidos autorizados pertencem ao espectro de «admissibilidade» dos donos do sistema. De qualquer maneira, só têm hipótese de vencer, quando forem partidos bem financiados, o que implica grandes donativos de grandes multimilionários e das suas empresas. Na comunicação social, a janela de Overton ainda é mais estreita, com seus «fazedores de opinião» nos diversos canais televisivos. Partidos ou candidatos que saem fora do «script» de antemão decidido, são logo calados ou difamados. Ficarão com sua imagem associada àquilo que o eleitor típico mais detesta. Os partidos ou candidatos atacados não têm meios para desfazer as calúnias e repor a verdade. E as coisas estão feitas exatamente para funcionar deste modo.
Qualquer pessoa que use o seu cérebro, que não vá atrás de qualquer propaganda e que conheça algo da história do século vinte, não através das «histórias míticas» mas através de bons autores, que analisam em profundidade os regimes totalitários do passado, irá reconhecer que ou estamos já num totalitarismo, ou para lá caminhamos.
Os que apontam o dedo a regimes «comunistas», dizendo que esses é que são os «verdadeiros» totalitários, são pessoas imbuídas da ideologia neoliberal, ou seus propagadores. Com efeito, é um facto que vários regimes, ditos «comunistas», são capitalismos de Estado com pouca preocupação pela liberdade dos cidadãos.
Mas no «Ocidente» estamos em capitalismo de grandes monopólios (multinacionais), que capturaram o Estado; são outra modalidade de capitalismo de Estado. Os cidadãos não são ouvidos ou respeitados: São antes enganados, manipulados, nutridos de falsidades, de propaganda, como «manada de gado» para fazer exatamente o que a oligarquia quer. Não há qualquer respeito pelos indivíduos, pelos seus direitos cívicos e humanos.
Em que é que uns e outros diferem? No modo como agem e se posicionam, mas ambos os sistemas estão basicamente a fazer a mesma coisa, ou seja,  manterem-se no poder, alargando o controlo a todas as esferas; suprimindo a verdadeira concorrência, tanto no plano económico (com as "rendas de monopólio", presentes em ambos os sistemas), como no plano político, anulando os direitos individuais, coletivos e sociais (suprimem-nos na prática, embora os mantenham nas suas constituições).
Só com imenso trabalho de educação (auto- educação) e de abertura crítica, podemos sair da redoma mental (a Matrix verdadeira) que nos encerra a todos, com o resultado de ficarmos impotentes: Não sabendo «ler» a realidade, não são somente os bons sentimentos que nos permitem combater esta situação. É também necessária uma inteligência de como funcionam os sistemas, para se conseguir mudar algo.
Isso não é dado pela educação formal. Nem vale a pena explicar porquê: Se houvesse uma aprendizagem de pensamento crítico, a cidadania despertaria e nunca permitiria que a acorrentassem, como o têm feito as «elites» políticas e económicas deste mundo.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2023